27cc de mau humor bidestilado intravenoso

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Faço sim alguma idéia

:::vitória para os meus inimigos:::

Riam de mim. Podem rir dessa vez, eu não ligo. Ainda que não por culpa de vocês, eu admito que as coisas não andam tão bem assim. Portanto, comemorem.

Ahn? Os sonhos?
Poh, eles acontecem até hoje! Quem diria né?

sábado, 27 de outubro de 2007

Assertividades etílicas

:::dois séculos separam a verdade da aplicação:::

Esse texto deveria se denominar algo próximo a "ensaio sobre a solidão" ou algo que o valha. Mas devido à total ausência de coordenação motora, tendo em vista que Itaipava é barata mas deixa bêbado, eu vou me prender à idéia básica e me reservar o direito de, abrindo minha sagrada garrafa de gin, tecer comentários econômicos (pra não dizer mesquinhos) sobre as atuais circunstâncias onde meu ignóbil ser se insere.


então vamo lá, antes que a idéia fuja (se é que já não o fez):

Assumi para mim um destino Viniciano
Vinícius sim me entenderia
A embriaguez solitária
Imersa num turbilhão humano
O torpor ético
"Não posso dar o braço a torcer"
Vivemos na era do bom vizinho
Perdemos a aura do bon vivant
Te impedem de beber sozinho
Te impedem de parir o amanhã
Quae sera tamen
Verei o Sol em seu primeiro choro
Dizendo
"Tu és dos meus
Pois amo a Lua
E por ser tão distante
Amo talvez mais
Se um dia nos tocássemos de forma maior que somente pela minha luz
Tudo que existe de terreno haveria de sucumbir
Frente ao calor de meu desejo por ti
E a alvura de teu seio me esperando"
Já que não posso te puxar pra mim
Carreguemos mares em nossa afeição dialética
De longe me vê
De longe te ilumino
Enquanto o mundo inteiro sofre a incessante influência de nossa órbita
Amo-te sem te tocar
Ama-me sem saber quem sou
Mas o brilho de um não tilintaria sem a ausência presente do outro
Peço tua presença...

sábado, 11 de agosto de 2007

Bloqueio criativo

_ É assim que tem que ser.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Good night, and good luck

Tem gente indo embora, e isso me incomoda. ME incomoda quando o meu processo de isolamento não parte de mim, mas de alguém ao meu redor. Só quem tem o direito de fugir sou eu, na visão egoísta que acompanha nossa geração. Nós somos assim, queremos nos dar o direito do anonimato mas reclamamos quando alguém casa ou sai da cidade. Ou simplesmente sai. Vai embora. Leva a vida enquanto a minha vida me leva. Nos esforçamos em prol da transformação em seres sem miocárdio, com a única intenção de termos o nosso próprio ego afagado. "Poxa, você sumiu", "tava com saudade", onde você foi parar, seu safado?". É o que queremos ouvir. Não queremos ouvir "tô indo embora", só nos esforçamos pra fazer outros dizerem "não se vá". Queremos ser lembrados, mas não aceitamos a ausência alheia.

Aceite. Perca. Permita a distância. Abrace a saudade, essa amiga inseparável que muda de rosto com proeza maior que de Pitanguy. Sinta falta. Mas sinta falta da frieza de Dietrich, da opulência de Cardinali, da crueza de Kubrick. E sinta a presença da saudade. Valorize a saudade, caro jovem leitor. Se você está lendo isso agora, provavelmente lhe falta a companhia pra ocupar esse tempo, suando e arfando e tecendo juras eternas.

Mas ouça a voz da amiga saudade, pois é dura, rouca e tosse no seu cangote, enquanto o cômodo esvazia e as cortinas se encerram sem palmas ou ovações. Quem fica do seu lado é a saudade, a madame de todas as frustrações, a dominadora irrefutável que carrega consigo o fardo de ser todas as pessoas que você não tem numa só. Nós encarregamos à saudade um fardo pesado demais pras nossas próprias costas. É claro que ela ia te cobrar, uma hora ou outra. Fomos criados pra sentir saudade, e a saudade foi criada pra isso, pra lhe ceifar o presente com a implacável foice do passado. Essa sim não perdoa. Se a morte é Chuck Norris, um mito, feita de piada, desacreditada, finita, a saudade tem outro nome. Ou outros, tantos quantos forem os nomes que você queria que falassem contigo ao telefone agora.

Viva a saudade, que faz o mundo girar.

domingo, 5 de agosto de 2007

Back In Black

Blog confessional é coisa de deprimido. Coisa de emo. Coisa de mariquinha. Blog confessional é coisa de gente querendo atenção.

Bom, então, bem vindo ao meu blog confessional.

Pode ter certeza que vai ter coisa muito melhor que isso aqui. Mas agora eu só quero reclamar e tomar um copo de choconhaque.

Boa noite,
Gustavo.