27cc de mau humor bidestilado intravenoso

sábado, 27 de outubro de 2007

Assertividades etílicas

:::dois séculos separam a verdade da aplicação:::

Esse texto deveria se denominar algo próximo a "ensaio sobre a solidão" ou algo que o valha. Mas devido à total ausência de coordenação motora, tendo em vista que Itaipava é barata mas deixa bêbado, eu vou me prender à idéia básica e me reservar o direito de, abrindo minha sagrada garrafa de gin, tecer comentários econômicos (pra não dizer mesquinhos) sobre as atuais circunstâncias onde meu ignóbil ser se insere.


então vamo lá, antes que a idéia fuja (se é que já não o fez):

Assumi para mim um destino Viniciano
Vinícius sim me entenderia
A embriaguez solitária
Imersa num turbilhão humano
O torpor ético
"Não posso dar o braço a torcer"
Vivemos na era do bom vizinho
Perdemos a aura do bon vivant
Te impedem de beber sozinho
Te impedem de parir o amanhã
Quae sera tamen
Verei o Sol em seu primeiro choro
Dizendo
"Tu és dos meus
Pois amo a Lua
E por ser tão distante
Amo talvez mais
Se um dia nos tocássemos de forma maior que somente pela minha luz
Tudo que existe de terreno haveria de sucumbir
Frente ao calor de meu desejo por ti
E a alvura de teu seio me esperando"
Já que não posso te puxar pra mim
Carreguemos mares em nossa afeição dialética
De longe me vê
De longe te ilumino
Enquanto o mundo inteiro sofre a incessante influência de nossa órbita
Amo-te sem te tocar
Ama-me sem saber quem sou
Mas o brilho de um não tilintaria sem a ausência presente do outro
Peço tua presença...