27cc de mau humor bidestilado intravenoso

terça-feira, 31 de março de 2009

Et Poetera

:::Poesia Límbica 0001:::

Espírito, onde foi parar?
Consciência, se pudesse me ver
Já tô careca de saber
Cansei de tentar ser cabeça
Transpira no meu semblante
Que eu ando torcendo o nariz
Pro que tenho escutado
Vejo o mundo abismado, pasmo, boquiaberto
Com um daemon sempre ao largo
Sussurrando pela nuca
Sinto a glote conscrita
Travando a palavra proscrita
Prescrevendo bom humor
Esqueço o que torno no peito
Encho o pulmão de torpor (esquerdo ou direito)
Fumo e trago meus defeitos
Pro que me queima não se espalhar
A palha do fogo fumega
A sulfúrica azia nega e diz que devo dizer amigo
À merda que quero isso!
Não quero lidar contigo
É esse humor intestino
que hoje semeio no jisso
Desço à vala, escrevo spleen
Se meu fígado é pra mim
Bebo grito choro falo
E de falo intumescido
Convencido de virtudes
Sei que nele há saúde
Se o reto me apodrece
O mesmo se dá onde piso
De tendões de Pelida cortados
Gana de baixo pra cima

Um comentário:

Anônimo disse...

Fazendo letra assim, como quem quer nada não?